quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Síndrome da Barriga Cheia



Ao ler o capítulo 6 de João, fiquei pensando sobre a debandada geral que ocorre depois que Jesus anuncia a necessidade de que se coma a sua carne e bêba o seu sangue. Até os próprios discípulos se escandalizaram das palavras de Jesus, e tiveram que ouvir do Mestre... "Não quereis vós também retirar-vos?".
Por quê toda a multidão, que se esforçara tanto para estar perto de Jesus... passara fome, calor, andara de barco, sem conforto... mas agora, quando o caldo engrossa, eles correm. Quando Jesus vai além dos sinais e das maravilhas, e o compromisso é exigido, eles se viram e vão embora.
Foram embora porque estavam com a barriga cheia.
Depois de serem atendidos em sua necessidade imediata, terem sido alimentados por Jesus, não suportam a exigência da fé, o comprometimento do discípulo.
A história se repete hoje em dia. Em busca de seus milagres urgentes, os curiosos por Jesus não querem pagar preço algum para segui-lo. Enquanto perduram os sinais e as maravilhas, caminham junto - se esforçam - e quando surge a exortação, a chamada ao arrependimento, a orientação quanto ao estilo de vida, o preço do compromisso, viram as costas e vão embora.
Deixam Jesus para entrarem na fila da perdição eterna, talvez de barriga cheia, mas com a vida vazia.

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